sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Pilsner Urquell, a original.



 A maioria dos bebedores da cerveja tem que agradecer a Pilsner Urquell pela cerveja que bebe, pois até a sua criação o mundo estava acostumado a tomar apenas cervejas escuras e encorpadas, e quando surgiu essa extraordinária cerveja com sua clareza, brilho e suavidade, encantou o mundo e fez um sucesso instantâneo que perdura até os dias atuais.

Já disse aqui em outras postagens (Apresento-lhes Czecvhar  e Conheçam a 1795) que as louras tchecas são maravilhosas, mas nenhuma se compara a original e primeira do seu estilo. A Pilsner Urquell tomou o primeiro lugar em cerveja Pilsener, que antes era ocupado pela Czechvar que caiu para segundo na minha opinião.

A Pilsner Urquell é da cervejaria Plzensky Prazdroj que fica localizada na cidade de Pilsen (República Tcheca) que fica a 90 km da capital Praga. E foi no longínquo ano de 1842 que o mestre-cervejeiro Josef Groll criou a formula da cerveja que mudaria a história do mundo da cerveja.  

Perto a fabrica da Urquell é possível localizar uma casa que funciona como um museu da cervejaria. Uma casa que retrata as casas medievais, onde se é possível encontrar documentos, objetos e fotos que cobrem toda a história da cervejaria, indo desde o antigo desenvolvimento artesanal até a produção dos dias de hoje. Além disso, o museu possui um pub (bar) para degustação do precioso líquido dourado da Pilsner Urquell.

A Pilsner Urquell é uma cerveja da família Lager do tipo Bohemian Pilsener. Possui coloração amarelo-dourado escuro, com espuma cremosa tendo média formação e persitência. Seu aroma predomina o lúpulo e em seu sabor temos no início o amargor do lúpulo com um final adocicado de melado tostado, possuindo uma excelente Drinkability. Em outras palavras, a Urquell é perfeita!!!

A temperatura certa para o consumo da Pilsner Urquell que tem 4,4% de teor alcoólico é entre 4 a 8ºC, devendo ser servida no copo Tulipa, Pilsner, Pokal e Willybecher.

Para uma degustação perfeita, sugerimos harmonizar sua Pilsner Urquell com amendoim, batata frita, castanha de caju, hamburguer, queijo frescal, minas e cheddar, frango assado e frito, linguiça de frango, pizza, lombo de porco, camarão frito, caranguejo e peixe frito.

sábado, 15 de setembro de 2012

Medieval


A cerveja Medieval foi uma grata surpresa para mim. Minha história com ela, teve início quando em uma conversa descontraída com o nobre amigo Enéas Douetts surgiu o nome de uma cerveja de trigo mineira chamada Bäcker, por não conhecê-la, ao chegar em casa fui buscar algumas informações.

Na busca por informações descobri no site da cervejaria Bäcker, entre outras, a Medieval. Desde então alguns amigos comentaram comigo sobre esta mística cerveja. E para minha alegria o supra o amigo Enéas Douetts voltando de Minas Gerais me presenteou com duas cervejas, a Medieval e a Bäcker de trigo (que falarei em um post futuro).

A cervejaria Bäcker fundada em 1999 foi à primeira cervejaria artesanal de Minas Gerais, que assim como muitas cervejas artesanais brasileiras, é uma empresa familiar, localizada no Bairro Olhos d’Água, próximo a Serra do Curral, um dos mais belos e charmosos cartão Postal de Belo Horizonte.


A Medieval além de ser excelente, possui um ritual por conta de sua tampa selada com cera vermelha, que aumenta ainda mais a curiosidade dos admiradores desta cerveja. O ritual que me refiro é o seguinte: A cerveja Medieval vem selada com uma cera vermelha, então antes de abrir, é preciso com uma vela romper o lacre fazendo derreter a cera vermelha aparecendo um símbolo medieval na tampinha. O interessante, é que cada Medieval possui símbolos distintos, sendo assim um prato cheio para os colecionadores. É claro que é possível com um abridor, pular essa parte do ritual, todavia, concordo com outros admiradores da Medieval que não custa nada entrar no clima e fazer o ritual. O símbolo da minha tampinha não sei o que significa, depois irei pesquisar para saber seu significado.

A cerveja Medieval é uma Belgian Blond Ale com 6,7% de teor alcoólico, com coloração amarelo-alaranjado, sua espuma tem média formação e persistência, ficando no final restrito a borda do copo. Em seu aroma é possível detecta laranja (principalmente no início, depois enfraquece um pouco), e um leve melado de caramelo, além do floral do lúpulo. Já no sabor percebe-se um leve doce do malte tostado, um pouco de laranja, o amargor e o álcool só são lembrados no final.

Para uma boa degustação a medieval tem que ser servida à 4 a 8ºC no copo Tulipa, Trapista e Cálice, junto com patês, acarajé, queijo prato, brie/camembert, roquefort, gorgonzola, pato, codorna, peru, chester, massa ao molho de tomate ou branco, carneiro, rosbife, comida chinesa, risoto, bacalhau, caranguejo, caviar, atum, salmão, peixe frito lagosta, lula e as sobremesas petit gateau e torta de chocolate.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Não bebo menos, bebo melhor



Desde que comecei com o Blog MESA DE BAR com Ivo Medeiros, muitos amigos falam que eu gasto muito dinheiro com cerveja e que bebo pouco, além de ter que ouvir que as cervejas que eu compro são muito caras, que preferem comprar outra bebida, um vinho por exemplo.

Bem por isso resolvi pegar a calculadora, lápis e papel e fazer as contas, vamos lá.

Para fazer uma comparação irei utilizar o preço médio de R$ 2,50 para uma cerveja comercial (em supermercado o valor é menor, todavia em bares o valor é bem maior), e o valor médio de R$ 20,00 para as cervejas artesanais. O período será o do final de semana (sexta, sábado e domingo).

Digamos que o bebedor de cervejas comerciais beba apenas 6 cervejas na sexta, 10 no sábado e mais 6 no domingo, isso dará 22 cervejas no final de semana, se contarmos que o mês tem em média 4 semanas, teremos 22x4= 88 cervejas, entretanto, há finais de semanas em que o bebedor não irá beber todos os dias do final de semana, então vamos colocar como média apenas 18 cervejas. Então teremos 18x4 = 72 cervejas por mês, dando assim um custo de R$ 180,00.

Vamos agora fazer uma média do meu gasto. Geralmente num final de semana degusto no máximo duas cervejas especiais, vale salientar que as garrafas das cervejas especiais são em médias de 500ml. Dito isso vamos aos cálculos, sendo 2 cervejas ao custo de R$20,00 daria R$ 40,00 por semana o que por consequência daria R$ 160,00 no mês, ou seja, eu bebo R$ 20,00 a menos que o bebedor das cervejas comerciais(populares). 

Se for colocar a questão em quantidade, não tem nem o que se discutir, bebo menos, todavia, posso afirmar também que não há nem o que se discutir em relação a qualidade, e que bebo muito melhor que os amigos bebedores de cervejas comerciais. Outra coisa, já passei da fase de beber por beber. Não aguento beber tanto como antigamente, sendo assim prefiro beber melhor do que beber mais.


Feito a primeira defesa (quantidade x qualidade), agora é a vez do segundo round, por conta do valor um pouco elevado, alguns amigos dizem que preferem comprar um vinho do que uma cerveja de R$ 20,00 ou R$ 25,00. É preciso lembrar aos nobres amigos que as cervejas dessa faixa de preço são cervejas excepcionais. Já os vinhos nessa faixa não são assim tão bons, todos sabemos que os preços dos vinhos bons, superam e muito a casa dos R$ 50,00.

Há opções de cervejas como a belga Deus cujo valor é algo em torno de R$ 180,00. É cara? Claro que sim. É uma das cervejas mais caras que existe (meu sonho de consumo, um dia ainda irei degusta-la), todavia, se formos fazer uma comparação com os vinhos, ela é quase de graça, visto que encontramos vinhos por mais de R$ 1.000,00.

Quando adentrei no mundo das cervejas especiais, percebi que passei anos bebendo cerveja de péssima qualidade, que vivia numa ilusão. Foi mais ou menos a sensação de viver numa matrix de cerveja até que alguém me despertou para este universo paralelo. Estou exagerando? Faça o teste e verá que o que eu digo é verdade.